Diante de um apagão do time, Fábio salva o Fluminense e conquista 1 ponto fora de casa

O Fluminense visitou o Cerro Porteño fora de casa nesta quinta (25), partida a qual foi marcado por uma atuação muito fraca do Tricolor, mas com Fábio brilhando e salvando a equipe

Nesta quinta feira (25),  o Fluminense, atual campeão da Libertadores da América, fez sua terceira partida pela competição, dessa vez em casa – já que estreou fora de casa contra o Alianza Lima e saiu com um amargo empate -, no Maracanã.

Dessa vez, o Time de Guerreiros foi visitar o Cerro Porteño no Paraguai, em um confronto, diga-se de passagem, bem apático por parte do Fluminense, sendo bem ‘inofensivo’ ao adversário paraguaio, que jogava em casa, mas dava a bola ao Tricolor com frequência.

Mais uma partida do Fluminense com falta de objetividade, passes curtos ineficientes, além de mais uma vez a presença de um meio de campo ‘deformado’ ao decorrer da partida, sem presença na região. A péssima partida do Fluminense, leva mais argumentos após a eleição do Fábio como ‘craque da partida’, com defesas milagrosas que salvaram o clube mais uma vez. No final das contas, 1 ponto fora de casa não pareceu tão ruim assim.

Primeiro tempo

Fluminense
André saiu chorando de campo e preocupou muitos os torcedores tricolores sobre uma possível lesão. – Foto: Twitter (X) Conmebol Libertadores

Começo de primeira etapa com bastante intensidade por parte do Fluminense, impondo pressão total no adversário nos primeiros 15 minutos de partida, tendo a posse de bola tanto no seu campo de defesa, quanto no setor ofensivo. Interessante nesses minutos iniciais a participação do Marcelo na saída de bola, ficando responsável por essa função.

Inclusive, com decorrer do jogo, o técnico Fernando Diniz organizou uma linha de  3 para forçar uma saída de bola mais caprichada da sua equipe – até porque o Cerro Porteño começou a ‘entrar’ e esfriar a partida conforme os minutos se passavam -, com Marcelo entre os zagueiros, já que ele tem uma excelente qualidade de passe. Até esse momento, o lateral-esquerdo do Tricolor vinha sendo muito utilizado na armação da equipe.

Para que isso acontecesse, frequentemente o Martinelli, que dessa vez atuava de segundo volante, trocava com o Marcelo para essa criação por dentro como foi mencionada, pudesse ocorrer tranquilamente, já que o próprio Martinelli estaria cobrindo a lateral esquerda na ausência do Marcelo, para que não haja perigos. Movimento arriscado, que requer bastante entrosamento entre a equipe, necessitando de um bom ‘timing’ e sinergia por parte da dupla que realiza essa troca, entretanto, algumas vezes o Marcelo parecia demorar a ‘desfazer’ a troca de posições, o que não foi explorado pelo Cerro Porteño, então não levou chances de gol.

Aos 39 minutos o Fluzão levou um baita susto do Cerro Porteño. Felipe Melo adiantou um ataque adversário, ficou com a posse de bola, mas tentou sair jogando arriscado e foi desarmado (com falta), mas o Cerro Porteño desperdiçou a oportunidade. O lance seria anulado pelo VAR, provavelmente, em um eventual gol marcado.

Até que, aos 44 minutos, o Fluminense teve sua maior ‘preocupação’ até o momento. André saiu chorando de campo, já indicando que não poderia continuar, preocupando a todos, pois ainda não se sabe se foi algo mais sério. O Diniz não quis nem esperar o primeiro tempo terminar para fazer a alteração – dessa forma, não contaria a parada realizada para substituição -, e já correu para chamar Lima, que entrou no meio de campo do Fluminense.

Provavelmente, essa alteração foi pensando em recuar o Martinelli para fazer uma proteção maior como o André vinha fazendo, enquanto deixa o Lima – que é meia – mais solto para fazendo uma segunda volância. Lembrando que o Lima estava realizando essa função enquanto o Martinelli estava na zaga. Como o Fluminense teve muita posse no meio de campo, talvez essa alteração mude todo o cenário para o segundo tempo.

Segundo tempo

Fluminense
Marquinhos, que vinha fazendo excelentes atuações recentes, hoje não fez uma boa partida. – Foto: Twitter (X) Conmebol Libertadores

Fluminense no primeiro tempo teve o controle do jogo, isto é, posse de bola, mas no segundo tempo não foi o que aconteceu, pelo contrário, não houve meio de campo por parte da equipe tricolor, fato que vem sendo bastante comum nas partidas do clube.

Segundo tempo com incessantes passes curtos sem objetivo, rodava a bola de um lado para o outro, mas sem objetividade, tanto no meio de campo, quanto no setor defensivo, principalmente. Depois de um excelente primeiro tempo do André, com 100% de precisão nos passes – ou seja, não errou passes – o Fluminense parece que ia se perdendo cada vez mais conforme o relógio ia andando.

Nesse meio tempo, muitos lances de perigo do Cerro Porteño aconteceram, com o Fábio fazendo boas defesas para salvar a equipe. Chama atenção, também, a ausência do Cano na partida, que parece estar longe da sua melhor forma física – assim como seus companheiros. Inclusive, Felipe Melo saiu sentindo a parte física e teve de ser substituído e entrou Antonio Carlos, que não possui o carinho da torcida.

Além dessa alteração, Ganso e Marquinhos – ambos peças que vinham fazendo grandes jogos -, que não fizeram bom jogo, foram substituído por Renato Augusto e Douglas Costa.

Aos 66 minutos, o Cerro Porteño teve uma oportunidade incrível, quiçá lance mais perigoso da partida, os paraguaios atacaram pelo lado direito do Flu, cruzou rasteiro na área, passou por vários jogadores e o Edu, ex-Cruzeiro, quase ia marcando o gol do Cerro, porém Marcelo chegou a tempo e impediu. Douglas Costa entrou muito desligado para o jogo, inclusive, o Cerro começou a ter muito espaço por aquele setor.

Aos 73 minutos, o Fluminense conseguiu abrir o placar em um bate ou rebate dentro da área, mas foi anulado devido a um domínio com a mão realizado pelo Jhon Árias. Depois de muito tempo analisando no VAR, com confusão e conversa, o gol foi bem anulado. Já na volta do parada para o VAR, o Cerro Porteño voltou com tudo e forçou o Fábio a fazer mais uma defesa espetacular, eleito lance mais perigoso da partida, num lance de cabeça dentro da área.

Flu atuando sem meio de campo, o que vem sido problema frequente na equipe, já que o único volante (Martinelli) estava de lateral esquerdo (invertido com o Marcelo). Fluminense no segundo tempo foi o oposto do primeiro, com zero controle do meio de campo, até que, faltando 10 minutos para acabar a partida, Diniz tirou um lateral e colocou outro lateral. Entrou Diogo Barbosa.

Douglas Costa entrou muito mal na partida. Impressionante, também, como foi apático a equipe num todo, sem conseguir criar chances de gol, além do fato de não ter meio de campo, com jogadores cansados, pesados, lentos e não acompanhando jogadas. Fluminense não conseguia fazer o que mais gosta: aproximação para toques curtos. Cerro Porteño 0 x 0 Fluminense.

Melhor da partida

O prêmio de melhor da partida, ou melhor, ‘herói do jogo’ – como a Conmebol chama – foi dado inquestionavelmente para o Fábio, goleiro experiente que salvou – mais uma vez – o Fluminense de sair com a derrota fora de casa. Foram duas defesas espetaculares que deixaram o Cerro Porteño com um gosto amargo na boca, mas claro, uma excelente atuação do Fábio que evidencia mais ainda a péssima partida do Fluminense.

Próximos compromissos de Cerro Porteño e Fluminense

Por fim, o Cerro Porteño volta a campo nesse domingo (28), às 21h, contra o General Caballero JLM. A partida é válida pelo Campeonato Paraguaio.

Por outro lado, o Fluminense volta a campo também nesse domingo (28), em mais um compromisso pelo Campeonato Brasileiro 2024, dessa vez contra o Corinthians, na Neo Química Arena, às 16h.

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